segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Peixes e vertebrados semelhantes a Peixes.

O sistema sensorial consiste de células receptoras periféricas e neurônios integradores no encéfalo, que fornecem ao organismo uma imagem biologicamente relevante do ambiente. Os receptores variam de células isoladas, como os corpúsculos tácteis, a estruturas complexas, como os olhos. 
Os peixes, por habitarem num meio aquático, possuem quimiorreceptores, altamente desenvolvidos para detectar "sabores" e "odores". Os corpúsculos gustativos são estimulados por produtos químicos em solução: conseqüentemente, nos vertebrados terrestres, estes restringem-se necessariamente à mucosa da boca e da faringe. Nos peixes, contudo, que vivem num meio líquido, a localização dos órgãos gustativos não é limitada. Por isso embora os corpúsculos gustativos sejam encontrados mais freqüentemente nas regiões da cabeça e na boca, neste grupo, eles podem estar espalhados por outras partes da superfície externa do corpo, incluindo as nadadeiras.

Na maioria dos peixes, os órgãos olfativos são constituídos de um par de cavidades, revestidas por pregas ou cristais de epitélio sensitivo (figura ao lado). Os ciclóstomos diferem dos outros vertebrados por terem um único orgão olfativo mediano. Nas lampréias, este órgão é uma cavidade de fundo cego, mas nos peixes-bruxa, ele se abre na faringe. Os dipnóicos assemelham-se aos vertebrados superiores, por terem vias nasais pares, que se abrem na faringe por meio de coanas. As vias nasais, portanto, possuem aberturas tanto internas como externas. Dentro dos canais propriamente ditos, o epitélio olfativo aparece sob a forma de pregas.

Não há diferença básica entre os olhos dos peixes e os de outros vertebrados. Tais diferenças, geralmente, dizem respeito aos métodos de acomodação ou a adaptações especiais a um modo de vida particular, ou são resultantes de degeneração. A acomodação, ou a capacidade do olho se ajustar à visão de perto e de lonje, é realizada, nos peixes, pelo movimento cristalino para frente e para trás, a fim de alterar a distancia da retina sensitiva. Os tubarões, animais predadores com movimentos rápidos, geralmente, possuem visão à distancia e precisam mover o cristalino para frente ou para longe da retina, a fim de ver os objetos de perto. O contrário ocorre com os teleósteos, cujos olhos são ajustados geralmente a visão de perto, do modo que o cristalino precisa ser movido para trás em direção à retina, quando a visão à distancia é necessária.


Biologia dos Vertebrados, 5ª Edição, Robert T. Orr

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