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Os olhos de alguns peixes são altamente especializados, como adaptação a um modo de vida específico. O tipo de olho mais notável e um dos mais famosos, talvez, é o do "peixe-de-quatro-olhos" sul-americano (Anableps). Este peixe vive em águas calmas onde flutua com a metade superior dos olhos acima da superfície. Como ele pode ver tanto no ar como na água, suposta mente ao mesmo tempo seu cristalino é dividido em duas partes, cada uma das quais está a uma distância diferente da retina. Muitos peixes de águas profundas possuem olhos muito grandes, que parecem necessários para a visão em regiões com baixa intensidade de luz. Outros peixes de água profundas, assim como espécies, que habitam cavernas, perderam o poder da visão, como resultado da degeneração dos olhos.
O ouvido dos peixes, todavia, não é adequado para recepção de som, com o qual costumamos associar os nossos ouvidos. Não há ouvido externo, nem médio e nem cóclea. O ouvido interno dos peixes é formado por um utrículo dorsal, que se liga aos canais semicirculares, e por uma dilatação ventral. conhecida como sáculo. É a partir do sáculo que a lagena dos anfíbios, répteis e aves, bem como a cóclea dos mamíferos, surge para permitir a audição, no verdadeiro sentido da palavra. Embora certos peixes sejam capazes de detectar vibrações na água, algumas das quais podem ser produzidas por membros de sua própria espécie, o ouvido dos peixes é principalmente um órgão de equilíbrio, capacitando-o a manter sua estabilidade.
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Os peixes e as larvas aquáticas de anfíbios possuem um outro tipo de sistema de órgãos sensoriais, que não é encontrado nos vertebrados terrestres. Este é conhecido como
sistema da linha lateral e parece funcionar como meio de determinação das mudanças de pressão e correntes, na água. Os receptores consistem em papilas sensoriais uma fileira de cada lado do corpo, que se ramifica em três partes, na face lateral da cabeça. Os neuromastes podem estar na superfície da pele ou em canais cobertos, que se abrem para o exterior através de pequenos poros.
Biologia dos Vertebrados, 5ª Edição, Robert T. Orr
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