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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Anfíbios

O olho dos anfíbios é basicamente igual ao de outros vertebrados. O cristalino é adaptado para uma visão relativamente distante, mas pode mover-se para frente, em direção à córnea, para ver objetos próximos, por intermédio de pequenos músculos de acomodação. A abertura pupilar pode ser vertical, horizontal ou apresentar três ou quatro ângulos. As pálpebras são rudimentares nas espécies aquáticas, mas são bem desenvolvidas em muitas espécies terrestres. Geralmente, a pálpebra inferior é mais móvel que a superior. Como a córnea dos vertebrados terrestres ressecaria, como resultado da evaporação, é necessário que seja banhada por um líquido. As glândulas lacrimais são encontradas em muitos anfíbios, apesar de serem pouco desenvolvidas. Entretanto, o olho mantém-se unido por uma secreção oleosa de um outro tipo de glândula, conhecida como glândula de Harder. Sabe-se que tanto o corpo pineal, como o parietal, funcionam como fotorreceptores, sendo sensíveis a compartimentos de onda e à intensidade da luz. Foi sugerido que eles possam desempenhar um papel na termorregulação, na orientação espacial e no ritmo cardíaco. Também existem outros fotorreceptores na pele de algumas rãs e salamandras, que são sensíveis a comprimento de onda.


Existe uma variação considerável em relação ao aparelho auditivo dos anfíbios. As salamandras e as espécies aparentadas não têm ouvido médio, apesar de se acreditar que elas possam detectar vibrações. A maioria das rãs e dos sapos, entretanto, tem um ouvido médio e uma membrana timpânica externa. Os sons são transmitidos da membrana timpânica, pela cavidade timpânica, para o ouvido interno através de um osso chamado columela, que é homólogo ao elemento hiomandibular dos arcos braquiais dos peixes cartilagenosos. A cavidade timpânica comunica-se com a faringe pela trompa de Eustáquio por ser derivada embriologicamente da primeira bolsa faríngea. Isto permite igualar a pressão externa e a pressão interna à membrana timpânica. Da região ventral do sáculo do ouvido interno, existe uma evaginação ventral, chamada lagena que representa o precursor da cóclea dos mamíferos. Acredita-se que esteja relacionada com a recepção de vibrações sonoras. O sistema da linha lateral, semelhante ao dos peixes, é encontrado nas larvas dos anfíbios e até na fase adulta de certas espécies aquáticas.

Biologia dos Vertebrados, 5ª Edição, Robert T. Orr

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Anfíbios

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Os botões gustativos dos anfíbios, diferentemente do que ocorre nos peixes, são restritos ao teto da boca, à lingua e à mucosa que recobre as maxilas. As Aberturas nasais não são mais exclusivamente olfativas, mas também servem como passagem para o ar, visto que já existem as coanas. Nos anfíbios, o epitélio olfativo, geralmente, é liso e restringe-se à região superior das passagens nasais. Uma outra estrutura olfativa, que surge pela primeira vez nos anfíbios, é o órgão de Jacobson, ou como ele também é conhecido, órgão vomeronasal. Ele surge como uma evaginação da passagem nasal e está revestido com epitélio olfativo. Acredita-se que ele represente um auxílio para a gustação dos alimentos. Foi demonstrado pela coloração de líquidos coloridos nos sulcos nasolabiais da salamandra Ensatina que o líquido passa rapidamente para as narinas, de onde vai para a região dos quimiorreceptores do órgão de Jacobson e, a seguir, dirigi-se para a faringe, passando pelas coanas. Ensatina é uma salamandra da família Plethodontidae, sem pulmões; consequentemente, estes sulcos parecem desempenhar um importante papel na olfação. Eles também podem ser importantes para o comportamento no que se refere à reprodução, porque o primeiro ato do macho durante a corte é esfregar o focinho na cabeça e pescoço da fêmea.

Biologia dos Vertebrados, 5ª Edição, Robert T. Orr