Anfíbios
Os botões gustativos dos anfíbios, diferentemente do que ocorre nos peixes, são restritos ao teto da boca, à lingua e à mucosa que recobre as maxilas. As Aberturas nasais não são mais exclusivamente olfativas, mas também servem como passagem para o ar, visto que já existem as coanas. Nos anfíbios, o epitélio olfativo, geralmente, é liso e restringe-se à região superior das passagens nasais. Uma outra estrutura olfativa, que surge pela primeira vez nos anfíbios, é o órgão de Jacobson, ou como ele também é conhecido, órgão vomeronasal. Ele surge como uma evaginação da passagem nasal e está revestido com epitélio olfativo. Acredita-se que ele represente um auxílio para a gustação dos alimentos. Foi demonstrado pela coloração de líquidos coloridos nos sulcos nasolabiais da salamandra Ensatina que o líquido passa rapidamente para as narinas, de onde vai para a região dos quimiorreceptores do órgão de Jacobson e, a seguir, dirigi-se para a faringe, passando pelas coanas. Ensatina é uma salamandra da família Plethodontidae, sem pulmões; consequentemente, estes sulcos parecem desempenhar um importante papel na olfação. Eles também podem ser importantes para o comportamento no que se refere à reprodução, porque o primeiro ato do macho durante a corte é esfregar o focinho na cabeça e pescoço da fêmea.
Biologia dos Vertebrados, 5ª Edição, Robert T. Orr
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